A Pastoral do encontro e do diálogo

Não existe sociedade humana sem a prática da comunicação. Em tempos remotos, a comunicação era sempre presencial. O desenvolvimento da sociedade fez crescer a necessidade de meios de comunicação como pontes para facilitar o encontro e o diálogo entre pessoas distantes umas das outras.

A sociedade reconhece a importância dos meios de comunicação e dedica o dia 5 de abril às telecomunicações e o dia 7 de abril aos jornalistas. A Igreja, para cumprir sua missão deixada por Jesus, reconhece a importância dos meios de comunicação. Por isso, os bispos do Brasil convocam todas as paróquias a organizarem a Pastoral de Comunicação (Pascom), a fim de fortalecer os elos das pastorais e movimentos e ir ao encontro daqueles que se encontram distantes da Palavra de Deus.

Três anos da Pascom

Fotos e mais fotos, entrevistas e reportagens, Revista Panorama, mídias sociais e aplicativos de smartphones… os membros da equipe da Pastoral de Comunicação da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro são incansáveis. Criada em maio de 2014, composta por cristãos de várias idades, os integrantes se esforçam para contribuir com a divulgação e o registro dos eventos das comunidades.

Para alguns paroquianos, a Pascom é vista como uma equipe de jornalistas. Apesar do trabalho atrair a atenção de cristãos jornalistas, essa não é uma condição para ser parte da equipe. Na Igreja, o objetivo é compartilhar os eventos, mesmo os rotineiros, e valorizar o trabalho realizado por cada equipe das paróquias. A comunicação na Igreja privilegia a ação das pastorais e movimentos, a divulgação do Evangelho e testemunhos. Enfim, contribuir para a evangelização e comunhão entre os fiéis a partir dos meios de comunicação.

O secretário de Comunicação e Ecumenismo da Arquidiocese de Vitória, Rômulo Benha, reconhece o empenho dos agentes em comunicar as ações que são realizadas e promovidas por outras pastorais: “O agente de comunicação é uma voz que faz ecoar a nossa Igreja em diversos lugares. Ele se torna um missionário, levando o anúncio do Evangelho através das revistas, folhetinhos, redes sociais, entre outros”.

Atualmente, a coordenação da Pascom em nossa Paróquia é compartilhada pela jornalista Christine Mendonça, 33 anos, e pela advogada Camila Sampaio, 26. As reuniões ocorrem na segunda segunda-feira de cada mês, para planejamento das atividades.

Camila afirma que “sem comunicação os paroquianos ficam sem saber quais atividades são realizadas pela Paróquia e quais eventos estão acontecendo, deixando assim de participar em muitas ocasiões, simplesmente por falta de informação”.

Resgatar o povo de Deus e ir além

Para os bispos do Brasil, a Pascom não é uma pastoral a mais, mas aquela que integra todas as demais. Por isso, é tão fundamental para a Igreja desenvolver a Pascom na paróquia ou diocese.

O aluno de jornalismo Pedro Henrique Sarkis, 21 anos, considera muito gratificante fazer parte da Pascom da Paróquia São Francisco de Assis, de Jardim da Penha. Ele destaca que, nos dois últimos anos, foi realizado um grande trabalho por lá, como a mudança do informativo para a impressão em cores, criação de um site da paróquia e a reativação da página do Facebook. Ele conta, com orgulho, que “é o Facebook com o maior número de curtidas entre as paróquias do Estado”.

Já o pedagogo Luciano Figueiredo, 41, da Paróquia Nossa Senhora da Penha, em Jardim Limoeiro, na Serra, destaca a importância da comunicação para agregar as 17 comunidades espalhadas em um território extenso. Ele reconhece que uma grande parcela do próprio povo de Deus batizado ainda não foi alcançada pela evangelização. Com a expansão imobiliária no município e no território da paróquia, percebe o desafio de lançar as redes para trazer esses fieis para se engajarem na missão da Igreja.

Já na Perpétuo Socorro, Carolina Zorzanelli, membro da Pascom desde 2016, considera que as mídias sociais possibilitam uma comunicação mais próxima de todos. Ao mesmo tempo, destaca um novo desafio: “como chegar cada vez mais próximo de pessoas mais idosas, por exemplo, que não possuem redes sociais? Precisamos trabalhar mais nisso, pois a Palavra de Deus tem que chegar a todos!”.

A advogada Tatiana Sanchez, 36 anos, também da Pascom da Paróquia, destaca a necessidade de levar a Palavra de Deus para fora da Igreja: “O trabalho dessa pastoral vai além dos limites paroquiais, pois através das redes sociais e da Revista Panorama, consegue evangelizar milhares de lares”. Essa é a missão e o desafio da Pascom.

E para viver a sua missão no mundo de hoje, a comunicação na Igreja deve separar as coisas positivas das negativas existentes no mundo atual. Deste modo, alguns pontos de atenção são propostos à Pascom e emissoras de rádio e TV da Igreja Católica:

Valorizar a pluralidade que respeita as diferenças, diferente do relativismo que se pauta na indiferença aos valores e aos outros; Valorizar as conquistas humanas e a liberdade religiosa, diferente do secularismo que considera Deus como intruso ou desnecessário; Valorizar os benefícios da tecnologia presente nas diversas dimensões da vida, diferente da dependência de aparelhos eletrônicos; Valorizar o uso das redes sociais como expressão de relações humanas, diferente da comunicação virtual que dispensa a relação pessoal.

 

 

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