A serviço da comunidade

“Pessoas virão do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e ocuparão os seus lugares à mesa no Reino de Deus” (Lucas 13:29)

José Carlos Dias tem 46 anos e trabalha como vigia na Paróquia há 12. Natural de Minas Gerais, mora no Espírito Santo desde 1991. Católicos, seus pais iam à missa aos domingos e sempre incentivavam os filhos a ir. “Para jogar bola aos domingos ou fazer qualquer outra atividade, tinha que ir à missa primeiro!”, conta. Ele é batizado e recebeu os sacramentos do Crisma e Eucaristia quando morava em Minas ainda.

Trabalhou como porteiro, pedreiro, ajudante de serviços gerais e padeiro. Durante uma crise, João Binda, dono da padaria e, na época, coordenador da comunidade Perpétuo Socorro, precisou dispensar alguns funcionários. Na época, Binda lhe prometeu conseguir outro emprego, então, o levou para trabalhar como ajudante de serviços gerais na Paróquia.

“Zé Carlos”, como é chamado, trabalha de segunda a sábado, das 14h às 22h,e conta que só participa das missas pelo lado de fora, porque fica trabalhando. Quando vai para casa, em Cariacica, já é muito tarde, então só participa mais ativamente das missas do domingo quando consegue, e leva consigo seu filho caçula. Quando todos os filhos moravam com ele, levava-os à igreja (são 5, hoje com 26, 24, 22, 20 e 6 anos).

Ela é muito grato aos Vicentinos, pois sempre recebeu ajuda deles. “Na época que cheguei, me ajudavam muito com cestas básicas e sempre tinham uma palavra amiga e de serenidade. Eu morava de aluguel, mas eles me ajudaram a comprar um terreno em Cariacica e também a construir uma casinha própria”, diz. É muito grato também a Luciano Miziara, da equipe de música: “ele é um grande amigo, está sempre disposto a ajudar, na época que comprei o terreno e construí minha casa ele foi lá, juntamente com todos da equipe dos Vicentinos, me dar todo o apoio necessário!”, conta feliz.

“Zé Carlos sempre esteve disposto a ajudar, com sorriso no rosto e presteza, além de ouvir nossos conselhos, até mesmo do coração. Assim nosso laço de amizade foi se enriquecendo e fortalecendo na fé ao ponto de nos preocuparmos de verdade com ele, e ele com nossa família. Alma boa, coração bom. Deus o abençoe sempre e conte com esta família que sempre muito te amou e ama”, homenageia Luciano, emocionado, em nome de sua esposa e filhos.

Ele considera sua rotina de trabalho tranquila, “o que mais gosto é do relacionamento com as pessoas que vêm à igreja, todos me tratam muito bem e me respeitam. Não teria tantas amizades se não tivesse esse trabalho”, conta. Sempre atuou como vigia na comunidade Perpétuo Socorro, mas está há 4 meses na Santo Antônio. “Acho que sou uma pessoa de muita confiança, porque toda vez que há uma reforma ou construção nas comunidades sou eu que fico como vigia”, fala. Há seis anos, de madrugada, o sistema de alarme da Paróquia tocou e a empresa de segurança pediu que ele fosse à igreja. Imediatamente se dirigiu para lá, mas no meio do caminho, sofreu um acidente. “Foi simples, então, não hesitei. Fui até a igreja e ajudei a polícia a pegar os assaltantes abrindo o portão”, relata.

Ele acha que o fato de trabalhar em uma igreja o ajuda em sua vida pessoal porque se tornou mais tranquilo e menos estressado com as situações do dia a dia. Além disso, considera que a generosidade das pessoas que encontra fez com que seus filhos se tornassem melhores também: “quando um de meus filhos tinha 16 anos se envolveu com pessoas erradas, então, padre Renato, pároco na época, me autorizou a trazê-lo para o trabalho para que não ficasse em contato com essas pessoas. Aos poucos ele foi aprendendo como era trabalhar e se comportar. As vezes até fazia um trabalho extra e era remunerado por isso. Assim, logo conseguiu um emprego fora e começou a ter seu próprio dinheiro”, fala com satisfação.

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